segunda-feira, 12 de setembro de 2011

“Levo lição de moral até hoje”, conta Klebber Toledo sobre seu personagem Guilherme, de “Morde e Assopra”


Klebber começou a trabalhar na tevê logo após fazer a Oficina de Atores da Globo
Klebber começou a trabalhar na tevê logo após fazer a Oficina de Atores da Globo
Quando Klebber Toledo começou a gravar suas cenas em “Morde e Assopra”, já sabia que estava diante de um personagem dramático, polêmico e contraditório. No início da trama, Guilherme não só maltrata a própria mãe, como rouba, mente e, inclusive, mantém dois relacionamentos ao mesmo tempo. Mesmo com tantas atitudes mesquinhas, Klebber não acredita que o perfil de seu papel seja o de um típico vilão. “Ele acaba sendo um vilão porque as mentiras dele afetam outras pessoas, mas ele não é um psicopata nem nada assim. O Guilherme é um garoto inconsequente, mas não ruim. O tempo todo ele se questiona sobre as coisas que faz”, argumenta o ator, que se inspirou no personagem Frank Abagnale Jr., vivido por Leonardo Di Caprio no filme “Prenda-me Se For Capaz”, de Steven Spielberg, para desenvolver o lado interesseiro de Guilherme. “Os dois têm muito a ver. Eles não querem machucar ninguém, só se dar bem na vida”, compara.
Agora Guilherme, apesar de agir de forma errada de vez em quando, está em um momento bem menos canalha. Mesmo assim, Klebber ainda sente a reação do público no seu dia a dia. “Levo lição de moral até hoje. Em todo o lugar que vou sempre tem alguém me dando conselhos sobre comportamento”, conta. As cenas do ator também não diminuíram por causa da nova fase. Ele tem gravado tanto quanto os próprios protagonistas do folhetim de Walcyr Carrasco. E confessa que, muitas vezes, termina o dia de trabalho exausto. “O Guilherme me exige muito. Ele tem muitas cenas emotivas e eu choro mesmo. Acredito muito no papel quando atuo”, explica o ator, que vê com seriedade cada sequência que faz. “Claro que a equipe ajuda, mas eu não chego com o texto na mão para gravar. Eu sei exatamente o que eu tenho que fazer”, valoriza.
Klebber começou a trabalhar na tevê logo após fazer a Oficina de Atores da Globo. Depois de participar de “Sinhá Moça” e da temporada de 2007 de “Malhação”, se destacou em “Caras e Bocas”. Na pele de Sid, um homossexual afetado, Klebber chamou a atenção do autor do folhetim, Walcyr Carrasco. A impressão foi tão boa que o escritor o escalou para “Morde e Assopra”. “Agradeço todos os dias por essa oportunidade”, ressalta. Com a atual novela, o ator se tornou um rosto conhecido do público. O tipo físico fez com que muitas pessoas o comparassem, inclusive, com o ator Fábio Assunção. Mas, quando o assunto é beleza e “status” de galã, Klebber deixa bem claro que não quer fazer sucesso só pela aparência física. “Rostinhos bonitos têm vários por aí. Eu sou ator”, dispara. Além de ser uma ótima experiência profissional, o papel como Guilherme trouxe também sorte no amor. Já há alguns meses, ele namora a atriz Marina Ruy Barbosa, que interpreta a “patricinha” Alice. “É a melhor coisa do mundo contracenar com a Marina”, romanceia o ator, que garante que trabalhar com a namorada só traz pontos positivos. “Com o ritmo de gravações, quase não temos tempo de nos ver fora do estúdio. Então, longe das câmaras somos namorados, cuidamos um do outro. Mas quando a gente está no set somos o Guilherme e a Alice”, defende.
Além de atuar, Klebber tem uma produtora chamada Thirteenth Productions. Através dela, ele pretende exportar peças, artistas e musicais para os Estados Unidos, onde também existe uma filial da empresa. Preocupado com a carreira e com a imagem, o ator sempre avalia bem os projetos em que participa e, apesar de sempre ler o que é publicado sobre ele, não se afeta com comentários negativos. “Não dá para agradar todo mundo. Eu tento usar as críticas para aprender mais e fazer melhor. Elas me acrescentam, mas não me abalam”, sustenta.
(Ana Paula Hinz)
Uol Televisão

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