sexta-feira, 29 de abril de 2011

Novo babado: Empresário acusa Claudia Leitte de dívida de quase R$ 1 milhão

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Após as denúncias do empresário Mauro Cardin, que disse, em primeira mão ao Bahia Notícias, que a cantora Claudia Leitte lhe deve R$ 15 mil, referente a um contrato com a empresa de calçados Grendene, outro empresário resolveu vir a público cobrar uma dívida com a musa, através da produtora Ciel Empreendimentos Artísticos, desta vez com valores muito mais exorbitantes. A assessoria da cantora contesta a denúncia e diz que “não vai se intimidar com as ações através da imprensa”.
Contrato com o BB: R$ 300 mil
Representante comercial da musa do axé desde o início da carreira, José Moraes Alfaya, empresário que atua hoje com bandas de forró, no Piauí, cobra os 10% referentes ao valor do contrato de Claudia Leitte com o Banco do Brasil, no valor de R$ 3 milhões, para uma turnê de dez shows pelo país, em 2010. (O valor cobrado é de R$ 300 mil).
Então responsável por vender os shows da cantora nos estados de São Paulo, Paraná e Goiás, Alfaya relata que foi jogado para escanteio, tão logo o contrato foi fechado, em uma reunião no escritório da Ciel, produtora da cantora desde 2007, no Caminho das Árvores, em Salvador. No encontro de negociação, estavam presentes, além do empresário, o pai de Claudinha, Claudio Inácio, a gerente de marketing da Ciel, Raíssa Martins, além dos diretores de marketing e comunicação do BB, vindos de Brasília, Stênio Araújo Correia e Rafael de Freitas Peixoto. “Quinze dias depois dessa reunião, eu tentei falar com os diretores do BB, mas fui impedido por Raíssa. Ela disse que eu já tinha feito minha parte e que o negócio agora era com ela, e eu disse ‘como assim? O cliente é meu’. Tentei falar com o senhor Claudio Inácio, e ele também disse que eu já tinha feito a minha parte. Desde então, eles passaram a ignorar que eu existia”, relatou.
Contratos de shows em 2007: R$ 84 mil
Segundo Alfaya, ele era conhecido como “o maior vendedor de Claudinha”. “Eu sempre conseguia os maiores contratos, na faixa de 300 (mil) a R$ 500 mil”, gaba-se. O empresário chegou a montar um escritório na capital paulista, mas teve que fechá-lo, após o suposto não cumprimento do acordo, no negócio com o Banco do Brasil, e o não pagamento de diversas comissões, desde que a Ciel (capitaneada pelo pai e pelo marido da cantora, Márcio Pedreira), passou a cuidar da carreira da estrela. Alfaya reclama ainda que lhes são devidas comissões de três shows de 2007, quando a cantora deixou a produtora Carreira Solo para seguir em carreira-solo. “Quanto aos shows vendidos no ano de 2007, eu deveria receber comissão de R$ 99 mil, entretanto, a Ciel simplesmente resolveu deixar de pagar as comissões, atribuindo um total de débito a mim, referente a um show que foi vendido. Eles alegaram que não deveria ter sido realizado, então me pagaram apenas R$ 15 mil. Ou seja, ainda faltam me pagar R$ 84 mil destes shows”, afirmou.
Contratos de shows entre 2008 e 2010: R$ 639 mil
Apesar de não receber os valores integrais pelos shows, Alfaya continuou a fazer o meio de campo entre a cantora e os contratantes, entre agosto de 2008 e outubro de 2010, até que as relações foram finalmente cortadas. Com o fim do agenciamento, por conta da falta de pagamento, o empresário continuou a cobrar os valores que lhes seriam de direito. Neste período, o valor total dos contratos fechados entre Claudia Leitte, sob o intermédio de Alfaya, é de R$ 6.397.040. Assim, caso nenhum show fosse cancelado, o empresário ainda teria a receber R$ 639,704,00. “Tive que fechar o meu escritório em São Paulo e me mudar para o Piauí, após ficar seis meses sem receber da Ciel. Fiquei com uma dívida de cerca de R$ 200 mil no banco, tive que mandar meu filho trancar a faculdade, e recomeçar a vida, literalmente. Foi um transtorno enorme”, descreveu.
Débito indevido: R$ 205 mil
Quanto aos shows vendidos a partir de julho de 2009, Alfaya diz ter recebido uma planilha elaborada pela Ciel que apontava o valor que seria devido pelas comissões. Nesta, o grupo apontava um saldo negativo de R$ 205.370,40, referente a um show que, segundo a produtora, não deveria ter sido realizado. “Eles disseram que as comissões seguintes a esse show não foram repassadas porque eu estaria cobrindo saldo negativo. Além de descontar indevidamente os mais de R$ 205 mil, eles deixaram de pagar por outros shows”, atestou.
Mudança de rumo
O empresário relata que sempre recebera em dia, nos tempos em que a cantora era agenciada pela Carreira Solo, mas, tão logo sua família tomou a frente dos negócios, houve uma mudança de rumo. “No tempo em que eu negociava com Cal Adan [deixou a carreira da cantora em 2007] e Manoel Castro [deixou de empresariá-la em 2010], não havia problema. Recebia tudo em dia. Entretanto, quando passei a tratar com o senhor Cláudio Inácio, pai dela, as coisas mudaram de figura”, conta.
O outro lado
Procurado pelo Bahia Notícias, o assessor de imprensa de Claudia Leitte, jornalista Paulo Roberto Sampaio, negou as acusações do empresário e disse que sua assessorada não deve nada ao reclamante. “Claudia tem uma história de vida que bastaria para desqualificar os que tentam atingi-la de forma equivocada, para não dizer leviana. Claudia não deve nada a ninguém, muito menos a este senhor Alfaya. Isso mais me parece uma campanha com o objetivo de atingir a imagem da cantora e suscitar dúvidas sobre sua postura, ao tentar envolvê-la em fatos que não procedem”, afirmou.
Para Sampaio, a busca de uma solução para um problema do tipo não se dá através de veículos de comunicação. “Existe um meio legal para se discutir questões dessa ordem que é a Justiça, e não a imprensa. Nós não vamos nos intimidar. Se alguma dúvida existe ou este senhor se julga credor de algo, que recorra à Justiça, onde a verdade prevalecerá”, respondeu.
Bahia Notícias

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