Os corredores das emissoras de televisão sempre foram os locais preferidos para quem deseja espalhar uma notícia ou boato. É ali entres os departamentos, produções, salas Vips e lanchonetes que muitas histórias começam com riqueza de detalhes. Entretanto, ao ouvir essas informações é preciso separar os interesses pessoais e descartar tudo o que tem cara de armação para prejudicar ou favorecer quem está no alvo.
Nos últimos dias, os bastidores da Record andam agitados e todo mundo procura uma maneira discreta para se atualizar da notícia do momento. Será que realmente haverá troca no poder da emissora? A resposta é complicada e depende quem você ouviu ou da ala de interesses que contou a sua versão. Neste momento, mais do que nunca, é preciso muito bom senso ao ouvir os comentários nos corredores da Barra Funda.
Que pressões existem, não há como negar; assim como uma cobrança pela volta do crescimento de audiência e uma maior autonomia comercial. Desde janeiro, a Record está com índices praticamente estacionados e, no último mês determinou controle nos gastos. Essa combinação fez aumentar os boatos e transformou intenções administrativas em fatos. Com o circo armado, quem tem interesse nas mudanças entrou no picadeiro e aumentou a dimensão do que realmente já foi pensado um dia.
Há pouco mais de dois meses encontrei com o presidente da Record, Alexandre Raposo, no estúdio do “Tudo é Possível”. Numa conversa rápida, ele garantiu que todas as mudanças administrativas planejadas para este ano já aconteceram e que não havia intenção de mexer no comando do artístico ou na programação porque tudo estava de acordo com o projetado para 2011. Não entramos em detalhes sobre quem falou das mudanças e ele respeitou o sigilo de minha fonte. E, pelo que conheço dele, o presidente cobra sim resultados.
Parabólica – Por José Armando Vannucci
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