Por Maurício Stycer, crítico do UOL
Com Luciano do Valle e Neto em ótima forma, como sempre, trocando nomes e falando coisas engraçadas, a transmissão da Band foi o que houve de melhor na estreia do Brasil no Mundial feminino de futebol.
O show começou ainda antes do apito inicial, quando as equipes ainda entravam em campo. Luciano diz que o Brasil iria jogar de azul porque a Suécia usaria o amarelo. A partida, como se sabe, era contra a Austrália, que também usa uniforme desta cor.
Sobre a árbitra, Jenny Palmqvist, a dupla se esmera. “É uma sueca de olho puxadinho. Bem diferente, mas é sueca”, diz Luciano. “Pelo menos é o que está escrito”, acrescenta Neto.
No segundo tempo, voltam ao assunto: “Tem certeza que é da Suécia mesmo?”, pergunta o comentarista. “Tem uma explicação sobre a árbitra. Ela é adotada”, esclarece o narrador.
Também sobrou para uma das auxiliares. A câmera dá um close nela e Luciano observa: “De unha feita, a Hellen Karo. Unha cumprida…”
Nacionalidade sueca de árbitra de olho puxado intriga narrador da Band
O nome das jogadoras australianas também é motivo de elucubrações da dupla da Band. “Engraçado que elas colocam o sobrenome na casa, mas têm nomes lindos aqui”, suspira Luciana. “Elisa…”
Luciano também se atrapalha muito com o gênero ao narrar o jogo. “Essa é do goleiro… ou da goleira”, corrige-se.
Neto não se conforma com a disposição tática da seleção brasileira. “Uma salada de frutas, diferente do que a gente está acostumado. Começa a inventar muito fica difícil”, diz Neto.
“O Brasil faz uma pré-temporada de um jeito e chega para jogar diferente. Aí fica difícil, até para o comentarista”, acrescenta. “Neto enxerga o jogo, ao contrário do treinador brasileiro”, diz Luciano.
“Cristiane é um verdadeiro panzer. Ela é muito forte”, observa Luciano, comparando a jogadora a um tanque de guerra alemão. “Essa Daiane, o que joga, é brincadeira. Sem querer comparar, lembra o Chicão do Corinthians”, compara Neto.
“A Daiane quis virar (a bola) de um lado pro outro. No abc do futebol mundial não pode”, ensina o comentarista.
O jogo segue um tédio no final do primeiro tempo e Luciano, empolgado, suplica: “Vamos acertar uns dois ou três passes ai. E fazer um golzinho nesse final de primeiro tempo. Mesmo jogando mal, tem que torcer”, justifica.
As equipes voltam para o segundo tempo. Antes de a bola rolar, ambas se reúnem em círculo. “Essa conversa mole não adianta nada”, diz Neto.
O Brasil marca e Neto se vê obrigado a lembrar que havia pedido a substituição de Rosana, autora do golaço. “Quem sabe esse gol não dá acalmada nos nervos”, diz ele.
Luciano evoca o tempo em que Sissi jogava na seleção brasileira. “Sissi… que perninha esquerda”, lembra Neto, saudoso.
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