Ao melhor estilo do técnico Joel Santana, Raposa aposta fichas nos contra-ataques e vence time cruz-maltino por 3 a 0 em São Januário
Se um torcedor do Botafogo parasse para assistir ao jogo entre Vasco e Cruzeiro, nesta quarta-feira, teria a nítida sensação de estar revendo as atuações de seu time no ano passado. Ao melhor estilo Joel Santana, a Raposa entrou no campo de São Januário fechada na defesa e apostando no contra-ataque. E deu certo. Venceu por 3 a 0, gols de Leandro Guerreiro, Montillo e Roger (de pênalti), e subiu para a décima posição do Campeonato Brasileiro, com nove pontos.
O tão esperado duelo entre Felipe e Montillo quase não foi visto em campo. Apagados, os dois meias pouco faziam na partida. Até que o argentino, em uma linda jogada, deixou sua marca e deu uma demonstração de que ainda pode ser decisivo: após receber passe de Marquinhos Paraná, pelo lado esquerdo da área, ele colocou a bola entre as pernas de Dedé e concluiu sem chance para Fernando Prass.
O tão esperado duelo entre Felipe e Montillo quase não foi visto em campo. Apagados, os dois meias pouco faziam na partida. Até que o argentino, em uma linda jogada, deixou sua marca e deu uma demonstração de que ainda pode ser decisivo: após receber passe de Marquinhos Paraná, pelo lado esquerdo da área, ele colocou a bola entre as pernas de Dedé e concluiu sem chance para Fernando Prass.
A torcida cruz-maltina, reforçada por Juninho Pernambucano e Philippe Coutinho, deixou o estádio abatida com a derrota. O time perdeu a invencibilidade em casa na competição e caiu para a sexta colocação, com 11 pontos. Ainda deve perder mais algumas posições com o encerramento da rodada.
O Vasco dominou o primeiro tempo e, apesar das dificuldades impostas pelo Cruzeiro, conseguiu criar algumas chances graças ao bom momento de Eder Luis. De seus dribles saíram os únicos lances de registro da etapa inicial. Primeiro, o atacante recebeu na frente, passou pelo goleiro Fábio, mas finalizou mal. Depois, driblou dois, mas teve sua conclusão travada por Fábio. Já que não conseguia marcar, tentou ajudar os companheiros. Mais uma vez, tirou dois da jogada e tocou para Alecsandro na entrada da área. O centroavante, entretanto, estava com o pé descalibrado e chutou muito mal.As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. Às 19h30m (de Brasília), o Cruzeiro recebe o Grêmio na Arena Jacaré, em Sete Lagoas. Um pouco mais tarde, às 21h50m, o Vasco encara o Corinthians, no Pacaembu.
No primeiro tempo, Eder Luis e pouco mais
Vasco e Cruzeiro fizeram um primeiro tempo de dar sono. Se o torcedor tivesse levado um cobertor para São Januário, poderia aproveitar o frio para tirar uma boa soneca. Não perderia nada. O esquema armado por Joel Santana talvez explique a dificuldade das duas equipes de criarem chances de gol. Jogando recuado, o time celeste marcava bem o meio-campo do Vasco. No entanto, deixava Montillo isolado na armação de jogadas e fazia o atacante Thiago Ribeiro recuar ao meio-campo para buscar a bola.
Fernando Prass poderia ter pedido o cobertor emprestado da torcida. Mero espectador do primeiro tempo, o goleiro só tocou na bola em uma oportunidade, quando Wallyson cruzou na área e ele interceptou. O ritmo lento do jogo parece ter desagradado até o árbitro Arilson Bispo da Anunciação, que, além de não dar acréscimo, ainda terminou o primeiro tempo com alguns segundos de antecedência.
Drible mal-sucedido de Prass origina primeiro gol cruzeirense
Os times voltaram para o segundo tempo com a mesma formação e proposta de jogo. O Cruzeiro se fechava atrás e esperava o contra-ataque. O Vasco foi para frente apostando em Eder Luis. A diferença é que a tática celeste começou a funcionar. Em um ataque despretensioso, a Raposa perdeu a bola, mas passou a pressionar os defensores vascaínos. Marcio Careca tocou para Fernando Prass, que tentou dar um drible em Thiago Ribeiro. Enrolou-se todo e, no susto, jogou a bola pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, a zaga cruz-maltina, até então impecável, dormiu no ponto e deixou Leandro Guerreiro subir sozinho para abrir o marcador.
Após o gol, o Vasco seguiu com mais posse de bola, mas nem Eder Luis conseguia mais fazer a diferença. Bem marcado, ele até tentou algumas jogadas, mas sem sucesso. A torcida, insatisfeita, passou a pedir a entrada de Elton. Ricardo Gomes atendeu e colocou o atacante no lugar de Alecsandro. Na mesma substituição, Ramon entrou no lugar de Marcio Careca. De nada adiantou.
Vendo que o time ainda tinha dificuldades de furar a retranca celeste, Ricardo Gomes perguntou a Felipe se ele estava bem fisicamente. Com a resposta afirmativa, o técnico não teve dúvida: colocou Leandro no lugar de Eduardo Costa e deixou o time com um só volante. No Cruzeiro, Joel havia trocado Thiago Ribeiro por Dudu e mandou o meia cair pelo lado direito, em cima de Marcio Careca.
As mudanças deixaram os últimos minutos de jogo muito mais movimentados. Diego Souza, de cabeça, quase empatou. Fábio, com uma defesaça em cima da linha, impediu que a bola entrasse. A pressão do Vasco seguia, mas a tática do Cruzeiro mais uma vez se mostrou acertada. Em um contra-ataque, Montillo meteu a bola no meio das pernas de Dedé e bateu bonito para o gol. Golaço do argentino, que parece estar recuperando o bom futebol. O meia deixou o gramado aos 43 minutos para a entrada de Roger, que teve tempo de marcar o terceiro. Dedé cometeu pênalti em Ortigoza, e Roger converteu a cobrança.
Após o gol, o Vasco seguiu com mais posse de bola, mas nem Eder Luis conseguia mais fazer a diferença. Bem marcado, ele até tentou algumas jogadas, mas sem sucesso. A torcida, insatisfeita, passou a pedir a entrada de Elton. Ricardo Gomes atendeu e colocou o atacante no lugar de Alecsandro. Na mesma substituição, Ramon entrou no lugar de Marcio Careca. De nada adiantou.
Vendo que o time ainda tinha dificuldades de furar a retranca celeste, Ricardo Gomes perguntou a Felipe se ele estava bem fisicamente. Com a resposta afirmativa, o técnico não teve dúvida: colocou Leandro no lugar de Eduardo Costa e deixou o time com um só volante. No Cruzeiro, Joel havia trocado Thiago Ribeiro por Dudu e mandou o meia cair pelo lado direito, em cima de Marcio Careca.
As mudanças deixaram os últimos minutos de jogo muito mais movimentados. Diego Souza, de cabeça, quase empatou. Fábio, com uma defesaça em cima da linha, impediu que a bola entrasse. A pressão do Vasco seguia, mas a tática do Cruzeiro mais uma vez se mostrou acertada. Em um contra-ataque, Montillo meteu a bola no meio das pernas de Dedé e bateu bonito para o gol. Golaço do argentino, que parece estar recuperando o bom futebol. O meia deixou o gramado aos 43 minutos para a entrada de Roger, que teve tempo de marcar o terceiro. Dedé cometeu pênalti em Ortigoza, e Roger converteu a cobrança.
Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca (Ramon); Romulo, Eduardo Costa (Leandro), Felipe e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro (Elton) | Fábio; Vítor, Gil, Naldo e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Fabrício, Marquinhos Paraná e Montillo (Roger); Wallyson (Ortigoza) e Thiago Ribeiro (Dudu) |
Técnico: Ricardo Gomes | Técnico: Joel Santana |
Gol: Leandro Guerreiro, aos nove, Montillo, aos 43, e Roger, aos 46 do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Vitor, Marquinhos Paraná, Wallyson e Thiago Ribeiro (Cruzeiro). Marcio Careca, Felipe, Leandro e Elton (Vasco). | |
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro. Data: 29/07/11. Competição: sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA). Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos e Luiz Carlos Silva Teixeira. Público: 5.474 pagantes (7.695 presentes). Renda: R$ 128.925 |
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