terça-feira, 24 de maio de 2011

Tudo sobre a estreia da série “A Mulher Invisível”

a mulher invisível (Foto: Rede Globo)
“Uma comédia romântica com toque de cinema fantástico”, assim Claudio Torres, diretor-geral de ‘A Mulher Invisível’, define o seriado que estreia na Rede Globo dia 31 de maio, logo após ‘Tapas & Beijos’. Livremente inspirada na trama do filme homônimo, a primeira coprodução da Rede Globo com a Conspiração Filmes traz a história de Pedro (Selton Mello) e Clarisse (Débora Falabella), um típico casal apaixonado aprendendo a lidar com a rotina e com a presença de Amanda (Luana Piovani), mulher invisível fruto da imaginação dele.
Afinal, fantasia faz bem ao casamento? Com a proposta de visitar todos os clichês das relações de um casal, Guel Arraes decidiu que seria importante acrescentar à trama o tempero de uma terceira personagem. E que essa pessoa fosse tão importante quanto essencial para discutir de forma leve o imaginário dentro do matrimônio. “A grande mensagem de ‘A Mulher Invisível’ é: viva bem com a sua fantasia e assuma para a sua mulher”, conta Guel, que não titubeou ao escalar a atriz Débora Falabella para viver Clarisse. A nova parceira de Pedro (Selton Mello), em determinados momentos, passará de rival a aliada da personagem de Luana Piovani.
Com texto de Guel Arraes, Leandro Assis, Claudio Torres e Mauro Wilson, que também assina a redação final do seriado, ‘A Mulher Invisível’ é a mistura perfeita de estilos, que resultou em um trabalho rico, engraçado e ao mesmo tempo muito romântico. “O elenco em si abriu grandes possibilidades para que contássemos essa história. E poder reunir grandes nomes no roteiro faz do seriado um programa ainda mais incrível, feito com muito capricho”, comemora Mauro Wilson.
Trazendo sua experiência do cinema, o ator Selton Mello também assina a direção do seriado com Claudio Torres e Carolina Jabor. “Foi muito bacana o convite para dirigir o último episódio, fiquei contente demais, não só em assumir essa outra função, como também por ‘reencontrar’ o Pedro novamente”, brincou o ator, se referindo ao mesmo personagem que interpretou no cinema.
A história
Pedro (Selton Mello) e Clarisse (Débora Falabella) vivem os conflitos de um típico casal apaixonado aprendendo a lidar com a rotina do dia a dia. Após o tão encantador período do início de relacionamento, o que parecia uma paixão fulminante vai se transformando aos poucos em uma guerra não declarada. As cobranças e manias de Clarisse já não são mais tão legais assim, e Pedro perde sua identidade na pele de um homem preocupado apenas com a estabilidade. Em busca de um mundo ideal, surge Amanda (Luana Piovani), uma mulher imaginária que acompanha Pedro, e consequentemente Clarisse, nos seus desejos mais improváveis, quase uma versão feminina de si mesmo. Cabe a eles aprenderem a lidar com essa linda fantasia, capaz de trazer de volta as ‘borboletas na barriga’ que habitavam aquela relação tempos antes.
Pedro e Clarisse, a mulher real
Um daqueles românticos incuráveis, sempre sonhando em encontrar a mulher perfeita e viver numa relação idealizada, Pedro (Selton Mello) agora tem a centrada Clarisse (Débora Falabella) em sua vida. Batalhadora e com um certo espírito aventureiro, ela seria a mulher ideal se não fosse real, pois, para Pedro, essas duas palavras parecem não caminhar juntas. De família rica e dona de uma agência de publicidade que herdou dos pais, Clarisse não só passa a dividir as escovas de dentes com ele, como também orienta sua carreira de publicitário.
Além de assumir as responsabilidades dentro de casa, ela também é chefe de Pedro no escritório, criando uma situação de conflito ainda maior no relacionamento do casal. Isso já seria suficiente não fosse uma mulher imaginária passar a habitar a cabeça de Pedro, e por consequência, a vida dos dois.
Amanda, a mulher invisível
Insistindo em ver a vida apenas da forma que lhe é conveniente, Pedro (Selton Mello) busca Amanda (Luana Piovani) nos momentos em que o cotidiano parece sufocá-lo. Linda, perfeita e prometendo o paraíso sem cobrar nada em troca, Pedro não consegue disfarçar para Clarisse o fruto de sua imaginação. E as reviravoltas daí em diante serão muitas, da aceitação à rejeição, da concorrência à cumplicidade. Até o momento em que os dois passam a conviver muito bem com Amanda (Luana Piovani), ou melhor, com a fantasia do que ela é. Afinal, Pedro não saberia ficar sem Clarisse. E, eles, sem a imaginária Amanda.
‘A Mulher Invisível’ é um seriado de cinco episódios e traz no elenco,  além de Selton Mello, Luana Piovani e Débora Falabella, os atores Deborah Wood, Álamo Facó, Marcos Suchara, entre outros.
Figurino e caracterização: Duas mulheres perfeitamente possíveis 
Tornar a real tão linda quanto a imaginária. Essa foi a missão que a figurinista Ana Avellar e o caracterizador Marcos Freire receberam ao criar Clarisse, um mulher tão cativante quanto a sedutora Amanda. Muito contemporânea e, ao mesmo tempo, centrada, a publicitária se permite ousar quando se sente ameaçada, seja na concorrência com Amanda ou apenas para causar ciúmes em Pedro. “Veremos uma Clarisse com características típicas de uma mulher batalhadora, mas ao mesmo tempo muito doce”, revela Ana.
E, para construir a imagem desta esposa romântica e determinada, Débora Falabella surge com um estilo nunca visto antes, com mechas avermelhadas, desfiadas e repicadas, inspiradas nas francesas. “Ela é ousada e contemporânea, totalmente possível, representando a beleza real”, descreve Marcos, que também abusou da sensualidade na maquiagem com batons vermelhos.
Já para a beleza quase poética de Amanda, que parece uma boneca, mas não deixa de ser real, a fantasia surge em todos os momentos, com lingeries, decotes e vestidos longos que podem ser extremamente sedutores. “A Amanda tem uma liberdade maior, os cabelos são mais livres, mais compridos, em tons mais loiros e com um dourado tipicamente carioca”, conta o caracterizador. Com tudo sempre um pouco acima do tom, a personagem de Luana tem um quê de magia, algo fora da realidade.
Agora com mais responsabilidade e em um ambiente que permite um visual menos formal, Pedro pode deixar de lado a gravata em vários momentos, mantendo um estilo moderno, mas ao mesmo tempo com ar de executivo. “O trabalho muda e ele muda também, mas a essência do Pedro é a mesma”, diz a figurinista. 
Cenografia e produção de arte: O encontro perfeito  do tradicional com o moderno 
Ambientes amplos, pé direito alto e grandes janelas. Assim é o apartamento em que Clarisse vive com Pedro e onde se passa grande parte do seriado. Em um cenário típico do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, a publicitária imprimiu sua personalidade em cada canto, misturando o tradicional com o moderno sem tirar a harmonia do lugar.
“A gente se inspirou no fato de ela ser dona de uma agência. Aproveitamos para procurar muitas ideias de design e dar um ar mais despojado, jovem, como se ela tivesse reformado um apartamento que não era seu”, explica a diretora de arte, Yurika Yamasaki, que decorou o local com adereços que lembram a influência da família de Clarisse.
A agência de publicidade é o local de trabalho do casal e também de desabafo e descontração com os colegas. Neste cenário, as transparências são predominantes, com divisórias de vidro que permitem que as pessoas possam se ver em outros ambientes. “Demos bastante ênfase às fotografias e obras de arte de alguns artistas em ascensão no mercado de artes plásticas”, conta a diretora. 
Entrevista com o diretor de núcleo Guel Arraes 
Miguel Arraes de Alencar Filho, Guel Arraes, nasceu em 1953, em Recife, Pernambuco. O diretor de televisão e cineasta começou sua carreira na televisão cedo, em 1981, dirigindo com Jorge Fernando, outro estreante, e com o veterano Roberto Talma, a novela ‘Jogo da vida’. Logo em seguida, voltou a trabalhar em parceria com Jorge Fernando em ‘Sétimo sentido’ e ‘Sol de verão’. Guel também assinou a direção de ‘Armação Ilimitada’, ‘TV Pirata’, ‘O Auto da Compadecida’, ‘Casseta e Planeta, Urgente!’ e ‘Brava Gente’. No cinema, Guel fez o ‘O Rei da Vela’, ‘O Auto da Compadecida’ e ‘Romance’, além de produzir ‘Meu Nome Não É Johnny’, ‘Caramuru’, ‘A Invenção do Brasil’, ‘Lisbela e o Prisioneiro’, ‘Os Normais – O Filme’, ‘Meu Tio Matou Um Cara’ e ‘O Coronel e o Lobisomem’. Entre os trabalhos mais recentes do diretor de núcleo da Rede Globo estão ‘A Grande Família’, ‘Ó Pai, ó’, ‘Esquenta!’, ‘Clandestinos’, além do especial de fim de ano ‘Papai Noel Existe’.
De onde surgiu a ideia de adaptar ‘A Mulher Invisível’ para a TV?
Guel Arraes: A história era muito interessante, a união perfeita de uma comédia romântica adicionada ao elemento fantástico, que é a presença da mulher invisível. Um gênero que eu gosto muito, só que com o fator inovação. Um estilo meio ‘Dona Flor e seus dois maridos’, em que o nosso trabalho é fazer com que o público torça pelo trio.
E como foi trazer a Débora Falabella para este projeto?
Guel Arraes: No filme, a Luana Piovani arrasa como a mulher ideal. Faz isso com muito humor, assumindo e debochando um pouco de sua imagem na mídia. Para a mulher real, precisávamos de uma atriz que compusesse um tipo oposto, mas tão cativante quanto. Débora é um sonho. Desde o início já pensávamos nela para fazer o papel da Clarisse, que é uma mulher de personalidade e que impulsiona Pedro tanto no trabalho quanto em casa. A ideia era que ela e Amanda se complementassem, de forma que fosse impossível para Pedro viver feliz sem uma das duas. Débora deixou a Clarisse fascinante.
As duas caminham juntas então, não há uma terceira pessoa?
Guel Arraes: Exatamente. Como a Amanda não é real, não se trata de uma traição, apenas uma fantasia que o casal encontrou para aprimorar a relação. Amanda é ideal porque fala tudo o que Pedro quer ouvir, é o espelho dele na versão feminina. Já Clarisse é a mulher ideal real, aquela que Pedro escolheu para viver. 
Entrevista com o diretor-geral Claudio Torres 
Sócio-fundador da Conspiração Filmes, Claudio Torres é diretor e produtor de cinema, publicidade e videoclipes musicais para a televisão. Estreou no cinema em ‘Traição’ e depois escreveu e dirigiu os longas-metragens ‘Redentor’, ‘A Mulher do Meu Amigo’ e ‘A Mulher Invisível’. “A Mulher Invisível” é o primeiro seriado do diretor na televisão.
Como a trama irá se desenvolver? 
Claudio Torres: Em ‘A Mulher Invisível’ a gente, no fundo, está discutindo a fantasia dentro do casamento. E especialmente se esta fantasia faz bem ou mal às pessoas. Será o exagero disso que não funciona? É a história de um casal real e um triângulo virtual, mas sempre de forma divertida e ao mesmo tempo romântica. No primeiro episódio, a Clarisse ainda não sabe que o marido tem uma mulher invisível. No segundo, ela já tenta lidar com isso, até que em um certo momento as coisas realmente começam a ficar meio loucas. As duas serão capazes até de se unir contra o Pedro.  
É seu primeiro trabalho na TV, como estão sendo as gravações?
Claudio Torres: Estamos conseguindo fazer algo bastante cinematográfico e com um cuidado ainda maior. Diferente do cinema, temos a chance de aprofundar os personagens, ver as muitas formas que eles podem assumir. Fora que é muito bom ver que a Amanda ainda vive, e saber que o Pedro continua por aqui também.
Como foi a seleção da trilha sonora?
Claudio Torres: O espírito do seriado será em cima do rock and roll com um pouco de música eletrônica.
Perfil dos personagens
Pedro (Selton Mello) – Um romântico incurável, sonha em encontrar a mulher perfeita, em se entregar a uma paixão numa relação idealizada. Depois de muitas desilusões, jura que jamais se deixaria entregar a uma relação amorosa, até encontrar Clarisse.
Clarisse (Débora Falabella) – Impulsiva, com espírito aventureiro que acredita na máxima: amar é correr risco. Num primeiro momento, Clarisse era para Pedro a mulher perfeita que ele tanto esperava. E não deixa de ser. O problema para ele é que ela é real.
Amanda (Luana Piovani) – A mulher invisível. Linda, perfeita, concorda com tudo e ainda promete o paraíso sem cobrar nada em troca. Com personalidade forte, poderá em algum momento confundir a cabeça de Pedro.
Wilson (Álamo Facó) – Amigo de Pedro e colega de trabalho na agência, Wilson tem um caso com Silvinha, mas não quer nada sério com ela.
Silvinha (Deborah Wood) – Secretária de Clarisse, é amiga e confidente. Tem esperanças de que Wilson assuma a relação com ela.
Téo (Marcos Suchara) – Chefe de Clarisse, sempre tenta convencê-la de que Pedro não é homem para ela.

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