segunda-feira, 20 de junho de 2011

Em guerra, Band e Record começam programas antes da hora; Datena e Faccioli trocam farpas

Na estreia de José Luiz Datena à frente do “Cidade Alerta”, na Record, a Band mostrou que não pretende assistir sem reagir ao abrupto rompimento de contrato com o apresentador.
O programa “Brasil Urgente”, agora comandado por Luciano Faccioli, foi ao ar às 16h50, dez minutos antes do horário previsto. Imediatamente, a Record se viu obrigada a interromper o programa “E aí, Doutor” e colocar Datena no ar, também antes do horário programado.
Ao trocar a Band pela Record, previa-se que Datena ficaria fora do ar por três semanas, mas a bem-sucedida estreia de Faccioli em seu lugar na antiga emissora, alcançando o segundo lugar no Ibope, alterou os planos. Por conta da pressa, o apresentador inaugurou o “novo” “Cidade Alerta” sem cenário.
Datena apareceu caminhando pelos bastidores da emissora antes de saudar o público, tendo a redação do departamento de jornalismo como imagem de fundo. Disse que estava com a “garganta seca”, classificou a Record como “uma TV do Primeiro Mundo” e felicitou o comandante Hamilton, piloto de helicóptero, “minha alma gêmea”, por estarem novamente juntos.
Na Band, Faccioli exibia desde o início do programa imagens de helicóptero e de uma equipe “terrestre” a respeito de uma operação da PM de São Paulo na zona norte da cidade. Com algum atraso, Datena exibiu imagens feitas pelo helicóptero de Hamilton da mesma ação policial.
“Nós temos a agilidade”, disse Faccioli, numa referência ao concorrente. “Não me peçam fru-fru. Não sou ator, não. Sou jornalista”, disse o apresentador. “Nós estamos literalmente cercando o fato”.
Datena respondeu alguns minutos depois, dizendo que “a Record tem também o DNA da notícia”. E elogiou a “abrangência nacional da audiência” da sua nova emissora, numa clara referência à imagem de “TV paulista” da Band.
Se a Band mostrou primeiro imagens da ação da PM de São Paulo, a Record exibiu com “exclusividade” uma imagem feita por helicóptero no morro da Mangueira, no Rio, que mostra um traficante com um fuzil na mão sendo perseguido pela polícia. Em 60 minutos, o programa de Datena repetiu esta mesma imagem cerca de 20 vezes.
Além de reportagens idênticas, como a da “cliente abusada em boate de luxo”, Faccioli e Datena capricharam em investimentos próprios. Na Band, “Mulher de 63 anos foge do estuprador e leva as calças dele”, assim como “Dez mulheres já foram atacadas pelo maníaco da moto vermelha”. Na Record, “Flagrante: traficantes em ação”, narrada por Marcelo Rezende, e “Bandidos soltam cão feroz na polícia”.
Ainda que em nova emissora, os elogios de Datena à polícia continuam os mesmos, no que é imitado por Faccioli. Bem a seu estilo, Datena fez piada com o editor do programa. Chamou-o de Salsicha e reclamou: “Não aumentaram meu salário. Não precisa colocar minha cara na tela toda hora”.
Essas informações são do site UOL Televisão.

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